quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

SAUDAÇÕES ESCOTEIRAS AO NOSSO IRMÃO MAIS VELHO, JESUS CRISTO


Irmãos e irmãs escoteiros chegamos ao final de mais um ano no qual fomos abençoados com muitas atividades gratificantes, jogos que nos edificaram e nos divertiram, muitas brincadeiras e ótimas risadas. Várias dessas atividades, jogos e brincadeiras foram realizadas ao ar livre, na natureza, e expostas a algum perigo, mas nada de mal nos aconteceu.

Isto porque em todo tempo estivemos protegidos por nosso Irmão mais velho, Jesus Cristo, que sempre está ao nosso lado, protegendo-nos e ensinando-nos, com a sua experiência de vida, como ser feliz vivendo a simplicidade da natureza.

Aprendemos que na simplicidade da natureza que ele criou estão os elementos básicos à sobrevivência e existência de uma vida plena e feliz. Pois conforme ele mesmo compartilhou: “As raposas têm covis e os pardais, ninhos; mas eu não tenho onde repousa a cabeça.” Nem por isto ele reclamava. Jamais o vimos triste, irritado ou irado com falta de alguma coisa, porque sabia estar na natureza os elementos básicos para sobreviver. Mesmo quando enviou os seus discípulos às casas das vilas e cidades, para anunciarem as boas novas do seu Reino e cuidarem dos necessitados, ele recomendou-lhes a não levarem mochilas nem saco de viagem nem sandálias; e a não se empalharem com saudações pelo caminho; ou seja, a orientação foi para diminuírem ao máximo as suas bagagens físicas, sociais e emocionais. Eles foram instruídos a serem simples como as pombas e prudentes como as serpentes. Pois é na simplicidade do homem que atuam a caridade, a misericórdia e a provisão de Deus.

Daí porque o escoteiro que se presa é um andarilho sem bagagem, que curte a vida simples e goza, ao máximo, o que oferece a natureza.

Tenhamos em mente que, dia vinte e cinco de dezembro, próximo, toda família cristã estará reunida comemorando o nascimento e o aniversário do Irmão mais velho, o primogênito de Deus e Salvador do mundo. E que devemos honrá-lo e saudá-lo com as nossas palmas escoteiras, assim como servi-lo, o melhor possível, como ele serviu e tem nos servido.

Pensemos nele como menino, aprendendo o ofício de carpinteiro com o pai, e as Escrituras com os mais velhos nas Sinagogas; acheguemo-nos ao deserto para vê-lo refletindo, preparando-se para pôr em prática o maior plano de restauração da humanidade, o Plano da Salvação. Contemplemo-lo pregado à cruz, como malfeitor, embora não o fosse, porém se deixando sacrificar para libertar-nos de nossas culpas. Reconheçamo-lo, à beira da praia, após ter ressuscitado, fazendo fogo e assando peixes, como bom pescador e ótimo escoteiro, para servir aos seus discípulos. Enfim, ergamos os olhos da fé e o contemplemo-lo subindo aos céus, enquanto em nossos ouvidos fiquem o eco de suas palavras:

É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém (Mateus 28:17-20).

Reinaldo Braz dos Santos

domingo, 11 de dezembro de 2011

OS NATAIS QUE NÃO EXISTEM MAIS



Neva na Europa, chove no Brasil, e encharca meu coração. É o Na­tal brasileiro escorrendo pelo ralo, entupindo bueiros, e sendo tragado pelas bocas de lobos vorazes por dinheiro e consumismo. Se papai Noel estiver batendo pernas por aí, estará fadado a pegar um resfriado no saco, daqueles que nem ho ho dá jeito. Aliás, ele que não se atreva a escalar a lareira de minha imaginação, de saco molhado e bengala sinistra, depois das doze badaladas notúnicas. Sim, porque papai Noel brasileiro usa bengala, ainda que démodé.

Eu aqui falando essas maluquices sobre o velho Noel e o natal, vendo a neve (brasileira) caindo lá fora, espetáculo para guarda-chuva nenhum botar defeito, e sentin­do o lado mole de meu coração de pedra, que já começa a bater fofo, a levar-me de novo a caminhos que jamais reencontrarei. Fico a remoer as lembranças do que foram os natais de minha infância, sem os Noéis do capitalismo, os presentes do consumismo, mas com a presença de um pai maravilhoso a recordar-me Jesus, o menino, e o verdadeiro sentido dos natais.

Não tínhamos os brinquedos produzidos nas fábricas, mas todo fim de ano ganhávamos uma beca nova, sapatos que mordiam os pés, e, no bolso, um Pedro Álvares Cabral, para divertir-nos no parque, comprar balão e empanturrar-nos de pipoca e algodão doce.

Tinha medo de carrossel. Roda Gigante, nem pensar. Barco? Nem morto. Se a canoa não virar, olê, olê, olá, eu chego lá... Morria de medo daquele troço virar e eu não chegar, soçobrar no meio daquele mar de gente. Ficava assistindo a meninada, e até os marmanjos apostarem quem subiria mais alto. Dava-me frio na barriga só de olhar. Lembro-me da primeira e última vez que subi em um carrossel e montei em um daqueles cavalinhos; ainda hoje sinto o mundo girar, como se fosse acabar.

Ah! Os natais de minha infância! Da gente simples e modesta dos confins de Alagoas, a festejar e celebrar o nascimento de um menino que mudou o destino do mundo e deu sentido à vida. Éramos felizes com tão pouco, em um mundo tão abundante, onde o egoísmo não se farta, e o real significado do Natal já não existe.
Reinaldo Braz dos Santos