Uma das habilidades mais populares
entre os escoteiros é a capacidade de fazer nós e laçadas. É uma técnica de
segurança e de sobrevivência que habilita a vida escoteira a desenvolver suas
atividades longe do perigo e das surpresas desagradáveis. Entretanto, no
escotismo cristão, mais do que desenvolver a técnica de fazer laços, é saber
desfazer os laços que se constituem em armadilhas para manter cativas as vidas
sob o senhorio de Satanás.
Nas Escrituras, confidenciou o
salmista que tristezas do inferno o cingiram, laços de morte o surpreenderam
(Sl 18.5). A vida é um campo minado, onde as minas são os laços ocultos, cujo
objetivo é nos surpreender a todo instante. A função do inimigo das nossas
almas é manter-nos amarrados a um sistema mundial nefasto, cuja perspectiva é a
morte eterna, isto é, afastados, para sempre, da presença de Deus.
Mas o nosso Deus quebra jugo e rompe laços.
O povo israelita, após 70 anos aprisionados no cativeiro babilônico, confidenciou:
A nossa alma escapou, como um pássaro do laço dos passarinheiros; o laço
quebrou-se, e nós escapamos (Sl 124.7).
Grandes coisas tem feito o Senhor por
nós. E uma destas grandes coisas foi a quebra dos grilhões da morte, para nos
libertar, em Cristo Jesus, dos laços do passarinheiro, o pecado. De forma que, Em Cristo, a Verdade,
somos libertos. Pois, como diz a Sua Palavra, “Conhecerei a Verdade, e a Verdade
vos libertará”.
O bom escoteiro manda bem ao fazer nós
e laçadas. Mas o ótimo escoteiro não só manda bem nessa técnica, ele também não
abre mão da verdadeira habilidade, que consiste em manejar bem a Palavra da Verdade; ou seja, conhece e
pratica a Verdade que liberta: desfaz os nós ou os laços que aprisionam a alma
à corrupção do pecado, devolvendo o prazer de ser livre, como a essência do escotismo
cristão.
Reinaldo
Braz dos Santos (Mestre Pioneiro)