Neste de ano refleti muito sobre nossa atual situação no escotismo. Durante meus estudos bíblicos nos identifiquei em uma história: a de Moisés e o seu povo no deserto.
Com a chegada do final do ano na TV tivemos várias versões desta história sendo apresentada em filmes nos mais diversos canais. E resolvi compartilhar essa visão com os irmãos escoteiros.
Vamos a uma narrativa sucinta e dirigida.
Moisés foi treinado pelos Egípcios para ser um homem respeitado e um bom servo do Faraó, entretanto Deus o usou muito além do que poderia usar um homem. Deus o colocou como líder de uma nação e sob a confiança do faraó.
No momento certo ele foi enviado por Deus para enfrentar faraó e libertar o povo Hebreu. Os tirou do Egito, das cebolas e pepinos como costumamos brincar. Os levou para o deserto, sem ter um plano definido, agindo somente sob as ordens de Deus. Vários dos Hebreus que os seguiram não tinha essa convicção, mas mesmo assim o seguiram.
Faraó perseguiu o povo, os empurrando contra o mar, tentou matar, mas como estavam sob a proteção de Deus não sucumbiram.
Foram 40 anos andando em círculos, aprendendo, aperfeiçoando, respeitando a liderança de Deus e respeitando o povo. Em todo este trajeto Deus foi com eles provendo todo sustento, jamais passaram fome de morte.
Por várias vezes o povo se rebelou, algumas destas rebeliões tiveram como conseqüência algumas punições e atraso no objetivo de chegar a tão sonhada terra prometida .
Mesmo com todas as adversidades Moises com determinação e pulso forte seguiu em frente com toda a convicção da promessa de Deus e jamais recuou.
Moisés foi um dos grandes formadores de líderes e sucessores da história bíblica. Não excitou em cortar alguns líderes respeitáveis na visão do homem e reprováveis na visão de Deus. Foi fiel ao extremo a Deus mesmo com o pensamento incerto de seu povo. Ora acreditavam que Deus os levaria para terra prometida ora pensavam em voltar para o Egito.
Em prol desse povo Moisés abdicou da terra prometida em prol dos seus e não entrou nesta terra e emana leite e mel.
E o povo pode continuar a grande história de Deus e chegar até nós hoje em dia.
Vendo esta história ouso fazer um paralelo menor com a nossa vida no escotismo.

Hoje estamos todos no deserto, alguns estão juntos querendo o melhor de Deus para o escotismo, outros sonhando com os pepinos e cebolas do Egito, outros morrendo durante a caminhada sem ir nem voltar.
Estamos sendo perseguidos com alegações ilegais, mentirosas, imorais e nada escoteiras. Mas assim como o povo Hebreu do deserto vamos vencendo batalha a batalha.
Os escoteiros tradicionais não poderiam ser diferentes, seguem a Deus e a uma equipe de líderes espalhada por vários lugares do Brasil.
Sabemos que temos a terra prometida, temos o escotismo pujante a nos esperar e que vamos chegar.
Esperamos que a maioria dos escoteiros possam entrar para este novo caminho sonhado , mesmo que nós defensores do “escotismo tradicional“ não viermos a entrar. Mesmo que demore mais que nossas breves existências, mas seguimos os mandamentos de Cristo e os métodos de Baden-Powell, sabedores que se abandonarmos estes ou voltarmos ao Egito seremos exterminados.
Por isso conclamo a todos os escoteiros tradicionais, vamos em frente, teremos dificuldades, estamos sendo perseguidos, mas no final a terra prometida será nossa. Pois Deus não é homem para mentir.
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