terça-feira, 28 de agosto de 2012

Super Heróis


Dizem por ai que todos nós temos algum herói desde nossa infância que basta uma pequena análise sobre esta figura que podemos decifrar boa parte da psique humana.
Um dia um filósofo me indagou sobre quem eram meus heróis. Passei algum tempo pensando e procurando, quem eu tomei por heróis e fui destrinchando e não achei nenhum em especial, pois nenhum me atraia ou me atraiu por completo. Pensei em alguns como super-homem, homem aranha e Nemo. Fui para o mundo real lembrei de Santos Dumont e Baden-Powell. Pensei também nos bíblicos como David e Moisés. (Não me falem de Jesus pois ele é a própria salvação)
Pensei em tantos, mas não consegui definir um em específico foi daí que fiquei intrigado, mas dizem que temos sempre um, pedi para o filósofo para conversarmos outro dia que eu teria sim a resposta.
Dias se passaram e mais uma vez o filósofo voltou para terminarmos a conversa e eu pude dizer: NÃO TENHO UM HERÓI, SOU MEU PRÓPRIO HERÓI.
Porque toda vez que precisei não teve nenhum para me ajudar por isso eu aprendi muito.
Como o super-homem hoje eu posso voar, me tornei um paraquedista e domino uma asa delta. Não preciso de visões diferenciadas, pois tenho equipamentos tecnológicos ao alcance.Igual o homem aranha separo minha vida profissional da pessoal, escalo, faço rapel e salto de bung jump.Parecido com Nemo posso mergulhar e dominar os mares e a bordo de um barco posso viajar os sete mares.
No mundo real passo perto do que Santos Dumont fez, invento minhas próprias maneiras de lidar com as coisas, voo como ele e olha que o relógio que uso hoje é um computador de pulso. Olhando a vida de Baden-Powell, faço o mesmo vivo na natureza, sou militar, escoteiro, educador e explorador deste vasto mundo.
Então meu herói sou eu e como tal posso ajudar os demais. E com Jesus como meu salvador e sustentador, posso dizer:
            PARA A GLÓRIA E AVANTE!!!!

quinta-feira, 7 de junho de 2012

LAÇOS DO ESCOTISMO CRISTÃO


Uma das habilidades mais populares entre os escoteiros é a capacidade de fazer nós e laçadas. É uma técnica de segurança e de sobrevivência que habilita a vida escoteira a desenvolver suas atividades longe do perigo e das surpresas desagradáveis. Entretanto, no escotismo cristão, mais do que desenvolver a técnica de fazer laços, é saber desfazer os laços que se constituem em armadilhas para manter cativas as vidas sob o senhorio de Satanás.

Nas Escrituras, confidenciou o salmista que tristezas do inferno o cingiram, laços de morte o surpreenderam (Sl 18.5). A vida é um campo minado, onde as minas são os laços ocultos, cujo objetivo é nos surpreender a todo instante. A função do inimigo das nossas almas é manter-nos amarrados a um sistema mundial nefasto, cuja perspectiva é a morte eterna, isto é, afastados, para sempre, da presença de Deus.

Mas o nosso Deus quebra jugo e rompe laços. O povo israelita, após 70 anos aprisionados no cativeiro babilônico, confidenciou: A nossa alma escapou, como um pássaro do laço dos passarinheiros; o laço quebrou-se, e nós escapamos (Sl 124.7).

Grandes coisas tem feito o Senhor por nós. E uma destas grandes coisas foi a quebra dos grilhões da morte, para nos libertar, em Cristo Jesus, dos laços do passarinheiro, o pecado. De forma que, Em Cristo, a Verdade, somos libertos. Pois, como diz a Sua Palavra, “Conhecerei a Verdade, e a Verdade vos libertará”.

O bom escoteiro manda bem ao fazer nós e laçadas. Mas o ótimo escoteiro não só manda bem nessa técnica, ele também não abre mão da verdadeira habilidade, que consiste em manejar bem  a Palavra da Verdade; ou seja, conhece e pratica a Verdade que liberta: desfaz os nós ou os laços que aprisionam a alma à corrupção do pecado, devolvendo o prazer de ser livre, como a essência do escotismo cristão.

Reinaldo Braz dos Santos (Mestre Pioneiro)

quarta-feira, 6 de junho de 2012

O MARAVILHOSO SERMÃO DO MONTE



O Sermão do Monte é um maravilhoso texto do Novo Testamento, encontrado em Mateus 5 e Lucas 6, no qual estão expressos os princípios fundamentais do cristianismo, constituindo-se em uma síntese da mensagem cristã. Mahatma Gandi afirmou certa vez que, "Se toda a literatura ocidental se perdesse e restasse apenas o Sermão do Monte, nada se teria perdido". Ele estava coberto de razão. Assim como também razão tinha quem disse que "O Sermão do Monte é grande, mas quem o proferiu é maior ainda". Quem o proferiu foi nada menos que Jesus Cristo, o Filho do Deus vivo, o Verbo que se fez carne, a Palavra viva que desceu dos céus e habitou entre os homens, cheio de graça e de verdade. 

Ao iniciar sua prédica, Jesus descreveu o caráter do cidadão do reino, através das bem-aventuranças, que são a síntese dos passos de iniciação cristã que todo homem deve seguir para chegar ao Reino dos Céus. As bem-aventuranças dizem respeito exclusivamente às qualidades espirituais cristãs. 



Tais qualidades, portanto, diferem das preocupações históricas do homem com a riqueza material, condição social e conhecimento secular. Elas são características intrínsecas do que cada cidadão do reino precisa ser e marcam a diferença radical entre o reino do céu e o mundo dos homens. O filho do reino é diferente naquilo que admira, valoriza, pensa, sente, procura e faz. Por isso, “Bem-aventurados (felizes) sois se as praticardes.” 


Em seguida, deixou claro que fomos chamados para dar sabor, preservar e iluminar o mundo. As metáforas usadas por Jesus, para ilustrar a natureza do nosso chamado, são parte do cotidiano das casas palestinas e das nossas casas. Portanto, quer temperemos os alimentos ou acendamos a luz, não esqueçamos, fomos destinados a dar sabor à vida, preservar e iluminar o mundo, evitando que apodreça na escuridão do pecado. 

Prosseguindo, Jesus faz um paralelo com dois tipos de justiça; dois tesouros; uma porta larga ou estreita; hipocrisia ou simplicidade; este mundo ou o próximo; nossa vontade ou a de Deus; deixando-nos claro que há dois caminhos, e que, como discípulos, os cidadãos do Reino devem seguir o caminho da Justiça, "para que sejais filhos do Pai... perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus". 

Por último, conclui o Sermão com os dois alicerces, que representam o discipulado cristão. Na vida cristã, muitas vezes, convivemos ou temos notícia de pessoas que aparentavam ter construído suas casas espirituais perfeitas; no entanto, em algum momento da vida as encontramos com essas construções destroçadas. Isso geralmente acontece depois das tempestades. Pois nem sempre é possível perceber, antes da tempestade, se uma casa foi construída na rocha ou na areia. 

Há que se considerar, ainda, que sucesso, felicidade, paz de espírito, realização pessoal, espiritual e profissional podem também representar a construção de uma casa, segundo a ilustração do Sermão. Qualquer que seja, representa as aspirações comuns do ser humano, aspirações que não são necessariamente erradas em si mesmas. Porém jamais esqueçamos que há somente dois fundamentos sobre os quais podemos repousar nossas aspirações: ou submetendo-nos à Palavra de Deus, ou rebelando-nos contra ela. A primeira casa permanecerá, a segunda não subsistirá às tempestades e ruirá. 

Reinaldo Braz dos Santos

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O DEVER DE FAZER AMIGOS

Nunca, na história da humanidade, falou-se tanto em relacionamento como em nossos dias: relacionamento no lar, na escola, na comunidade, em pequenos grupos, em rede, etc. No entanto os indivíduos, cada vez mais solitários e perplexos, parafraseiam os versos do poeta Carlos Drummond de Andrade: “Nesta cidade do Rio, de dois milhões de habitantes, estou sozinho no quarto, estou sozinho na América”. De dois milhões de habitantes! E nem precisava tanto... Precisava de um amigo... Estou só, não tenho amigo, e a essa hora tardia como procurar um amigo?” 

A verdade é que existem milhões de vidas perplexas, mergulhadas no desespero da solidão e da dor, por não ter um amigo com quem partilhar as mazelas e as alegrias de viver. Em conseqüência, são consumidas pela depressão, medo, pânico, ódio, ópios, drogas, crimes... Enfim, tragadas pelas garras satânicas da autodestruição. 

Nesta hora de trevas e raríssimos amigos, não podemos, como cristãos, furtar-nos, ao chamado divino a construir relacionamentos saudáveis, a fim de fazermos amigos e proporcionar-lhes que também se relacionem com o nosso melhor amigo: O Criador do Universo. 

Pois não há quem tenha maior apreço por um amigo do que o próprio Deus. Ao pai da fé, Abraão, Ele chamava: “Meu amigo”. Para que pudesse nos chamar “meus amigos”, abriu mão de Seu Filho e O incumbiu de ser nosso amigo. E disse este: “Já não vos chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor, mas tenho vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer” (Jo 15.15). O nosso Deus é Deus de relacionamento, que ama fazer amigos. Mas, para isto, conta com a nossa participação efetiva neste processo. 

“Ninguém têm maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu mando” (Jo 15.13,14). 

É como se Ele, Jesus, o nosso amigo maravilhoso estivesse, nestes dias, a dizer: “A esta hora de trevas e solidão da raça humana, por que vocês estão parados, quando lhes dei uma ordem?“ Vão! Amem! façam “amigos”! E deixem o resultado com Deus. 

Reinaldo Braz dos Santos

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Escotismo no Deserto

Neste de ano refleti muito sobre nossa atual situação no escotismo. Durante meus estudos bíblicos nos identifiquei em uma história: a de Moisés e o seu povo no deserto.
Com a chegada do final do ano na TV tivemos várias versões desta história sendo apresentada em filmes nos mais diversos canais. E resolvi compartilhar essa visão com os irmãos escoteiros.
Vamos a uma  narrativa sucinta e dirigida.
Moisés foi treinado pelos Egípcios para ser um homem respeitado e um bom servo do Faraó, entretanto Deus o usou muito além do que poderia usar um homem.  Deus o colocou como líder de uma nação e sob a confiança do faraó.
No momento certo ele foi enviado por Deus para enfrentar faraó e libertar o povo Hebreu.  Os tirou do Egito, das cebolas e pepinos como costumamos brincar. Os levou para o deserto, sem ter um plano definido, agindo somente sob as ordens de Deus. Vários dos Hebreus que os seguiram não tinha essa convicção, mas mesmo assim o seguiram.
Faraó perseguiu o povo, os empurrando contra o mar, tentou matar, mas como estavam sob a proteção de Deus não sucumbiram.
Foram 40 anos andando em círculos, aprendendo, aperfeiçoando, respeitando a liderança de Deus e respeitando o povo.  Em todo este trajeto Deus foi com eles provendo todo sustento, jamais passaram fome de morte.
Por várias vezes o povo se rebelou, algumas destas rebeliões tiveram como conseqüência algumas punições e  atraso no objetivo de chegar a tão sonhada terra prometida  .  
Mesmo com todas as adversidades Moises com determinação e pulso forte seguiu em frente com toda a convicção da promessa de Deus e jamais recuou.
Moisés foi um dos grandes formadores de líderes e sucessores da história bíblica.  Não excitou em cortar alguns líderes respeitáveis na visão do homem e reprováveis na visão de Deus. Foi fiel ao extremo a Deus mesmo com o pensamento incerto de seu povo.  Ora acreditavam que Deus os levaria para terra prometida ora pensavam em voltar para o Egito.
Em prol desse povo Moisés abdicou da terra prometida em prol dos seus e não entrou nesta terra e emana leite e mel.
E o povo pode continuar a grande história de Deus e chegar até nós hoje em dia.
Vendo esta história ouso fazer um paralelo menor com a nossa vida no escotismo.
Durante anos os escoteiros tradicionais se submeteram aos mandos dos dirigentes da associação antiga (faraós), Deus levantou não só um Moisés, más vários em diversos pontos do Brasil, Deus os fez lutar e enfrentar faraó durante muito tempo, até que por acontecimentos maiores (pestes) que podemos numerar alguns: Mudança da filosofia escoteira, alteração do sistema de classes (extinção), queda brusca do efetivo, mandos e desmandos dos faraós escoteiros. Os Moisés (Chefes) juntaram seu povo e saíram da então única associação escoteira.
Hoje estamos todos no deserto, alguns estão juntos querendo o melhor de Deus para o escotismo, outros sonhando com os pepinos e cebolas do Egito, outros morrendo durante a caminhada sem ir nem voltar.
Estamos sendo perseguidos com alegações ilegais, mentirosas, imorais e nada escoteiras.  Mas assim como o povo Hebreu do deserto vamos vencendo batalha a batalha.
Os escoteiros tradicionais não poderiam ser diferentes, seguem a Deus e a uma equipe de líderes espalhada por vários lugares do Brasil.
Sabemos que temos a terra prometida, temos o escotismo pujante a nos esperar e  que vamos chegar. 
Esperamos que a maioria dos escoteiros possam entrar para este novo caminho sonhado , mesmo que nós defensores  do “escotismo tradicional“  não viermos a entrar.  Mesmo  que demore mais que nossas breves existências, mas seguimos os mandamentos de Cristo e os métodos de Baden-Powell, sabedores que se abandonarmos estes ou voltarmos ao Egito seremos exterminados.
Por isso conclamo a todos os escoteiros tradicionais, vamos em frente, teremos dificuldades, estamos sendo perseguidos, mas no final a terra prometida será nossa. Pois Deus não é homem para mentir.