quarta-feira, 30 de novembro de 2011

MAIS REFLEXÃO E MENOS ATIVISMO


Encontrei na internet um blog com esta tarja preta e um texto que começa assim: "Quarenta e cinco milhões de evangélicos, o cão que se cuide".

Dia do evangélico. Está ai uma excelente oportunidade para a reflexão: o que é, de fato, ser evangélico.

Para alguns, o termo é apenas um modismo para maquiar ou substituir a palavra crente. Defendem, inclusive, que o vocábulo, além de não ser bíblico, está eivado pela má fé de seus seguidores.

Outros confundem-no com o termo protestante, esquecendo-se ou desconhecendo que o vocábulo evangélico é usado para definir basicamente as doutrinas cristãs protestantes. Muito embora nem todo protestante seja evangélico. Por exemplo, na Alemanha, só os luteranos são assim considerados. Seguindo a máxima de que nem todo seguidor é um discípulo, mas todo discípulo é um seguidor, pode-se dizer que nem todo protestante é evangélico, mas todo evangélico é protestante.

Há ainda os que pensam que ser evangélico é ser eventista, e aproveitam este dia para descarregar suas agendas: uma marchinha aqui, outra ali, um shou gospel mais à frente, um culto ao ar livre... E estará a missão concluída.

O termo evangélico tem as suas raízes etimológicas na palavra grega evangelion, que significa "evangelho" ou "boa notícia". Ser evangélico significa ser alguém que crer e pratica o que está contido nos evangelhos, ou seja, as boas notícias da mensagem de Jesus Cristo.

Ser evangélico é ser mais do que eventista, é ter a Bíblia como regra de fé e fonte inesgotável da suprema revelação divina. É acreditar que foi chamado da morte para a vida, para ser adorador do Deus criador. Isto mais do que correr atrás de bênçãos, é mais do que se esconder atrás de placas denominacionais, é mais do que mutilar o cristianismo com o individualismo e com o ativismo; é ser seguidor, servidor e discípulo do Cristo Vivo, apaixonado pelo Seu Reino e arauto do Seu evangelho de boas notícias.

Que o Ministério, não o da Saúde, mas o do Espírito, nos advirta quanto à nossa origem e o verdadeiro significado de sermos evangélicos. Um feliz dia do evangélico, cheio da graça e unção de Deus. Amém.


Reinaldo Braz dos Santos

sábado, 26 de novembro de 2011

A PERERECA E O SAPO-BOI



A lagoa estava em festa. The Three Cururu Boys, a banda metaleira, formada pelos roqueiros: sapo-boi, sapo-cururu e o sapo-tanoeiro tirou a tarde para passar o som que, com certeza, bombaria no show àquela noite.

A Rádio Lagoa PRH2O, operando em ondas curtas (ainda que lagoa não tenha ondas), não se cansava de tecer elogios à banda e de anunciar a grande performance dos tão badalados roqueiros, primeiro lugar no hit parade, com o rock pesado: “OS SAPOS”. Na verdade, um arranjo musical do poema de Manoel Bandeira, um sapinho brasileiro, moderninho como os metaleiros. 

- Hello crazy people! – Saudava e anunciava, frenético, o batráquio locutor da PRH2O, uma espécie de Big Boy da Lagoa, apaixonadaço por rock and roll. - A lagoa vai tremer! The Three Cururu Boys vão mandar ver! Vai ter tsuname na lagoa!

Jias, rãs, pererecas, enfim, toda comunidade feminina dos anfíbios, em clima de festa, empererequetava-se no único salão de beleza local, para impressionar a sapaiada, ficar e beijar muuuuinto!

Porém nem tudo era alegria naquele dia. Na casa de Zitinha Perereca, por exemplo, estava o maior baixo-astral. É que ela estava de cama, por conta de uma febre e um resfriado inoportunos. Por mais que implorasse à mãe, para ir ao show, esta, irredutível, proibira-lhe de sair de casa à noite, a fim de evitar a friagem, para não agravar mais o seu estado de saúde. 

- Deixa, mamãe, tomo cuidado! Ponho agasalho! – Insistia Zitinha.

- Não e não, Zita! Não insista! Febre e resfriado, é como diz o ditado: vitamina C, e cama! Trate de deitar-se e dormir.

Zitinha não podia crer no que estava acontecendo. Passara o ano inteiro nutrindo o sonho de assistir, ao vivo, ao show da banda que mais curtia. Não só porque adorasse suas músicas, fosse apaixonada por rock, mas, principalmente, porque tinha uma quedinha pelo vocalista da banda, o sapo-boi. 

Zitinha não se conformava. Agora que estava tão perto de realizar seu grande sonho: assistir ao vivo e a cores os seus ídolos; sem contar a possibilidade de abrir seu coração e declarar a sua paixão pelo irresistível bad boy sapo-boi, estava acontecendo àquela tragédia. Era difícil acreditar que uma febrezinha e um resfriadinho de nada estivessem a ponto de mergulhar seus sonhos água abaixo... Mas estavam. Não é justo! – Lamentava-se, não é justo!

O sapo-boi, que era todo pomposo, soberbo e orgulhoso, tipo Mané-gostoso, e que tinha fama de zoar das garotas que não faziam o seu tipo, ao ficar sabendo pelas outras garotas que a Perereca Zita arrastava uma asinha por ele, não se fez de rogado, abriu a bocarra, em estrondosa gargalhada, e desdenhou:

- Não faz meu tipo! É muito patricinha! Eu só gosto de perereca levada da breca! Xô, perereca baixinha!

Quando a noite chegou, a saparia coaxou na lagoa fria; que logo esquentou, ferveu qual panela de pressão em assovios, bis e muita azaração, que rolou de montão com a zoeira do sonzão. 

Dia seguinte, tardezinha, ainda com a lagoa se refazendo da ressaca do sonzão, Zitinha, já restabelecida do mal que a havia cometido, saiu para o seu passeio vespertino, como era costume na lagoa. Para surpresa sua, deu de cara com o sapo-boi, sujeitinho paroleiro, barulhento, tipo sapo-tanoeiro. Seu coraçãozinho danou a pular, como se quisesse sair pela boca e ir se enroscar no sapo babão, metido a gostosão.

O anfíbio mau caráter, ao ver a perereca, não perdeu a oportunidade de zoar; empunhou a guitarra, fez aquela pose de pompudo, que só os cantores metidos sabem fazer, e Pôr-se a coaxar:

Eu sou o sapo-boi,
A perereca foi
À festa? Foi?
Não foi!

Zitinha voltou para casa deprimida com a atitude do sapo babão. Desde então, não mais saía à noitinha, para passear, porque o bad-frog, mal escurecia, escancarava a bocarra e encasquetava a coaxar:

Eu sou o sapo-boi,
A perereca foi
À festa? Foi?
Não foi!

Um dia, a Rã Zinza, uma priminha em primeiro grau de Zita, veio visitá-la. Zinza tinha fama de mal humorada. Era do tipo não leva desaforo pra casa. O que tinha de dizer dizia na lata. Zita abriu o coração para a prima. Contou-lhe tim-tim por tim-tim como o sapo-boi a maltratava, a ponto de estraçalhar o seu desiludido coração. Zinza compartilhou o sofrimento da prima, a ponto de não conter a ira que sentia ante àquela situação. Tudo por culpa daquele sapo-boi boca-de-caçapa, sem um pingo de amor no coração.

- Fica assim, não, prima! Desencana! Aquele paroleiro não te merece! Se você não foi ao show, não perdeu nada! Se tivesse ido, tinha ficado decepcionada com aquele sapo-boi desafinado, e ainda por cima, metido em um shortinho de bolinha que mais parecia uma cuequinha. Ri-dí-cu-lo! Precisava ver!

- Prima do céu! – exclamou Zitinha. - Você acabou de me dá uma idéia maior legal, para me livrar daquele sapo malvado!

- Que idéia, prima?

- Me aguarde!

Tarde seguinte, tão logo o sol desceu o imenso tobogã celeste e desapareceu rumo ao Oriente, Zitinha pulou para a pracinha da lagoa, camuflou-se entre a folhagem das plantas aquáticas, esquentou a voz fina e estridente com o rac-rac-rac característico das pererecas, e ficou tocaiando o sapo-boi. Assim que este apareceu, ela começou a cantar:

Eu sou Zitinha perereca,
O sapo-boi foi
À festa? Foi?
Mas só de cueca!

O sujeitinho à-toa, tipo anuro metido, vulgo sapo sem rabo, com o orgulho ferido e desmoralizado com a cantoria da Zitinha Perereca, meteu a soberba no papo e a guitarra no saco e foi-se a escoachar em outra freguesia, ou melhor, em outra lagoa. 

Reinaldo Braz dos Santos

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A ADORAÇÃO QUE AGRADA A DEUS

Manoel Bandeira, em um de seus poemas autobiográficos, escreveu: “Beijo pouco, falo menos ainda. Mas invento palavras que traduzem a ternura mais funda e mais cotidiana. Inventei, por exemplo, o verbo te adorar. Intransitivo: te adoro, Teodora.” Contrastando o poeta, somos uma geração que beija muito e fala mais ainda, sobretudo sobre adoração.

Filólogos, teólogos, exegetas e picaretas arvoram-se em definir o significado de adorar. Adoração é prestar culto a uma divindade, dizem uns; é reverência, veneração, prostrar-se, ajoelhar-se, em uma atitude de submissão, súplica e respeito, dizem outros. Há ainda os que ligam o termo adoração ao serviço, assim como era designado no passado o trabalho efetuado pelos escravos e empregados aos seus senhores.

Por outro lado, é comum ouvir-se no meio cristão que esta geração é uma geração de adoradores. Se esta proposição é verdadeira, alguns questionamentos precisam ser feitos: a quem verdadeiramente esta geração está adorando? Qual a qualidade dessa adoração? O que é a verdadeira adoração? De onde emana e qual a base da verdadeira adoração?

Segundo o Manual mor, a Bíblia, “Deus é Espírito e procura adoradores que assim o adorem”. Jesus estava dizendo à mulher samaritana que a adoração em espírito vai além de um mero cerimonial ou meras práticas religiosas. Adorar em espírito significa ter um espírito preparado para adorar; isto é, regenerado, transformado pelo poder do Espírito Santo. E isto só é possível pela Palavra, que convence do pecado, da justiça, do juízo e da vida eterna. Só pela Palavra aprendemos sobre o infinito amor de Deus, que nos constrange e nos leva a adorá-Lo, não pelo que Ele pode nos oferecer; mas pelo que realmente é: Sua natureza santa, divina e eterna, seus atributos e senhorio sobre os Céus e a Terra.

Sabemos que existe a verdade, e a sua natureza é única, exclusiva e divina. João 4.24 diz: “Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.

Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou (Jo 1.18). Deus se revelou a nós pelo Filho. Cristo é o verbo que se fez carne, ou seja, Cristo é a Palavra. Portanto tenhamos em mente o que Ele pregou, ensinou e viveu. Submetamo-nos ao exame do Evangelho, prestando atenção àquilo que agrada a Deus. Tenhamos a Bíblia como uma regra de fé; pois só ela é apta para instruir como apresentar a Deus uma adoração genuína, em espírito e em verdade.

À medida que os séculos avançam, o louvor vai se tornando a principal (senão única) forma de adoração dos cristãos. No entanto é preciso vigiar, segundo as escrituras, para não se colocar de lado importantes atitudes de adoração: em verdade (doutrina dos apóstolos), comunhão, serviço (partir do pão), e oração. A adoração que agrada a Deus, de fato, requer uma ação integral do ser, motivada pelo amar ao Senhor Deus de todo o coração, de toda alma, e de todo entendimento. Adorá-Lo, portanto, “em espírito e em verdade” é dever de todos que O temem, respeitam e praticam os Seus ensinamentos.

Reinaldo Braz dos Santos

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

SER SAL OU ESTAR NO SAL


Diz-se que a expressão “estar no sal” nasceu no interior de Goiás, no arraial de Santana, às margens do rio Vermelho, por ocasião da descoberta do ouro, em meado do século XVIII, pelo desbravador Bartolomeu Bueno da Silva Filho. Segundo relatos, os degenerados, ao serem presos e aguardarem julgamentos, eram aprisionados em uma cela fétida, sem porta nem janela, uma espécie de alçapão, com uma abertura no teto, por onde os presos eram colocados. Para desinfetar o ambiente, de quando em vez, jogava-se sal, o que era um suplício para os corruptores da lei. Daí, então, todas as vezes que alguém era recolhido ao xilindró dizia-se que “estava no sal”.

Ser sal é uma questão de escolha, está acima do desejo, por mais nobre que ele seja. Após o discurso marcante a respeito do discipulado, onde enfatizou a escolha e a renúncia como princípios básicos para segui-lo, Jesus disse que somos o sal da terra, mas se o sal degenerar, para nada mais presta, é lançado fora (Lc 14.25-35) e pisado pelos homens, acrescenta Mateus 5.13.

Assim como as propriedades do sal têm como função gerar, preservar, dar sabor e regular a água dos seres vivos, o homem é responsável pela preservação da humanidade, passiva de degeneração, proporcionando bem-estar e regulando, para que nunca lhe falte a água do Espírito. Contudo, a certa altura da existência, este se corrompeu, degenerou, se degradou, perdendo a sua essência. 

Para voltar ao estado natural e retomar a sua missão construtiva da vida espiritual, precisa ser regenerado, nascer de novo da água e do Espírito, deixando de lado a matéria degenerada, isto é, as impurezas. 

“Estar no sal” é viver o estado degenerado, fora de sua essência. Ser discípulo de Cristo é retomar o estado original, ser o que Cristo foi: um discípulo da mesma essência divina, fiel, santo e altruísta. Que fez a escolha de morrer na cruz, renunciando a própria vida, para que pudéssemos seguir os seus passos, dando prosseguimento à missão da regeneração humana; até então, degenerada e pisoteada pela ação de Satanás e ignorância do próprio homem. 

Por isso, antes de fazer discípulos, precisamos fazer a real escolha de sermos discípulos de Cristo, não tendo as nossas vidas por preciosas, mas renunciando-a quando preciso, e revestindo-nos da metáfora do sal, sob pena de sermos lançados fora da vida em Cristo e aprisionados nas celas fétidas do racionalismo, o que fatalmente nos levaria a “estar no sal”.

 Reinaldo Braz dos Santos (Mestre Pioneiro)

terça-feira, 8 de novembro de 2011

A escolha do caminho.


Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.Mateus 7:13-14
Sempre temos que estar atentos aos ensinamentos bíblicos, um dos mais emblemáticos é o das portas, depois de Provérbios o sermão da montanha é a maior coletânea de ensinamentos de Deus e olha que foi dada pelo Próprio. Então pensemos nossa vida em Cristo como entrando pela porta e seguindo o caminho estreito, e este ensinamento serve também para nossa vida escoteira.
Quando começamos no escotismo estamos ávidos por conhecimento e todos queremos chegar os mais altos graus rapidamente, queremos nos equiparar aos chefes, aos antigos escoteiros e sermos reconhecidos pelos demais, ai começa as escolha de termos ou sermos.
Como assim chefe ter ou ser, iremos nos deparar com pessoas que tem a primeira classe ou outra graduação, mas infelizmente não são escoteiros de primeira classe.
Por que estas pessoas têm e não são? Muitas vezes não por culpa sua, quem sabe será de seus chefes ou até de seus pais?
Acredito que tenha escolhido a porta larga, aquela que é fácil de entrar, por ser aceito de qualquer forma, aquela que se diz não ser importante conhecer ou até decorar algo. São escoteiros que seus chefes não cobram da forma adequada deixando-os fazer da forma que quiserem e os escoteiros não procuram crescer mais. São filhos que os pais não cobraram nem ensinaram tudo, por causa do trabalho, da falta de tempo, principalmente por acreditar que as outras instituições fariam o trabalho delas.
Hoje acostumados com essa porta larga, caminham pelos caminhos largos, sem muitas regras, sem pensar nos outros, acreditando que tudo tem que ser da forma que pensam e assim no caminho largo tudo (do mundo) flui mais fácil e isso trás uma sensação de sucesso.
Já existem aqueles que vêm desde novos em uma educação mais firme, onde são cobradas mais ações que o simples conhecimento, onde os pais se preocupam com o exemplo que é passado, escoteiros que são cobrados de seus chefes de uma forma mais elevada, estes ao escolher o caminho irão pelos caminhos estreitos, onde têm a luz de Jesus para seguir, não o do mundo. Serão monitores e escoteiros primeira classe de verdade, pessoas que serão exemplos a serem seguidos, aqueles que pedirão mais uma  correção do que os elogios.
Então lembremos se a porta e o caminho largo levassem ao melhor de Deus.
Primeiro: Jesus teria dito o contrário;
Segundo: os grandes homens e vultos da sociedade que ultrapassaram seu tempo não teriam vindo de uma caminhada pelo caminho estreito.
Terceiro: Jesus não teria morrido na cruz por nós.
Não existe atalho para o verdadeiro sucesso.

Oremos;
“Senhor!! quero como escoteiro ir até a Ti entrando pela porta estreita.
Caminhar pelos seus estreitos caminhos e sentir a dificuldade do dia-a-dia, pois me chamaste para ser diferente, me convocou para ser escoteiro.
Escoteiro que sofre e sorri, escoteiro que se cansa e repousa em rústicas barracas, escoteiro que ora e sabe que o Senhor escuta.
Senhor faça-me um verdadeiro escoteiro.”

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Escotismo uma ferramenta para Cristo

Hoje ouvimos dizer muito sobre modalidades do escotismo, bem como o escotismo confessional. Antes de entender tudo isso temos que tentar entender o escotismo.
O escotismo é basicamente um método, com base em conhecimentos educacionais e filosóficos, ao estudar o escotismo vemos que nosso fundador fez uma adaptação de princípios Cristãos para o então mundo do século 20. Trouxe valores que hoje são tratados como universais, mas que nós sabemos bem que são cristãos.
Então entendamos o escotismo como um meio para se atingir um fim e partindo superficialmente desse ponto vamos falar sobre outras experiências com o escotismo no meio religioso.
Se formos fazer uma pesquisa junto às igrejas norte americanas, podemos ver que na sua maioria utilizam o escotismo como ferramenta de trabalho, isso aqui no Brasil ainda é algo novo e ainda em muitas igrejas polêmico.
Muitos dos atuais diretores de várias associações definem suas associações como laica, ser laico é separar o governo da igreja, no caso destas associações é deixar o trabalho religioso para as igrejas.
Nós da FET não adotamos esta postura, ao contrário entramos como colaboradores das igrejas em seus trabalhos, ensinamos o escotismo como método para alcançar seus objetivos. E para os Cristãos ajudamos a cumprir a Grande comissão. O trabalho ainda se encontra bem no início, a promessa de Deus é grande, mas para isso temos muito que trabalhar.
Temos então que ser conhecedores da Palavra de Deus e do escotismo para podermos fazer o correto, sem ocorrer em excessos ou distorções.
Lembremos que “Grande é a seara, mas poucos os ceifeiros”, precisamos forjar esta geração que Deus confiou a nós para podermos colher mais almas para cristo. Vamos nos unir para cumprirmos as escrituras.
Por isso oremos:

“Senhor, sabemos que somos imperfeitos, estamos buscando nos qualificar através do escotismo par cumprir nossa missão como filhos Teus, então Louvado seja o seu nome e que Tua luz ilumine-nos e nos ajude a adequar o escotismo para tua noiva.”

sábado, 5 de novembro de 2011

Não podemos servir a dois senhores.

 Mateus 6:24 - Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamon. 

   Ao lermos a Bíblia mais precisamente o livro de Mateus, à partir do Capitulo 5, podemos ver o Sermão do Monte, a maior “coletânea” de ensinamentos de Jesus, onde sempre devemos nos remeter, reler, reavaliar nossas atitudes. Ali temos a maior oração dos Cristãos que é o Pai Nosso entre outros ensinamentos de infinita sabedoria. E todo Cristão realmente em santificação deve levar tudo isto para a sua vida.
    Atentemos-nos em Mateus 6:24, ao termo “servir a dois senhores”. O termo servir se refere a se submeter, trabalhar para/por, seguir irrestritamente suas ordens. Em seguida vemos o dito que não podemos “servir a Deus e a mamon”. Mamon neste contexto se refere às coisas do mundo, pois nesta parte do evangelho Jesus está falando sobre as coisas do Céu e da Terra e a ordem se encontra clara no escrito, devemos servir a Deus através de nossas vidas.
    Muitas vezes servindo a Deus incomodamos os que servem outros deuses ou instituições terrenas, é claro para o Cristão que tudo em nossa vida deverá girar em torno do nosso serviço para o Reino de Deus.
    Falando em escotismo, algumas instituições escoteiras não se mostram a serviço de Deus, pois se colocam em posição de Rei, de única força, de incontestável. Sabemos que isso só Deus.
    Analisemos uma declaração sobre um compromisso assumido :
“Nunca é demais lembrar que cada adulto que faz a sua Promessa Escoteira, promete por ela servir à União dos Escoteiros do Brasil.
http://www.salamuni.com.br/site/ver.php?id=110&grupo=3
    Este servir está levando pessoas a abdicarem da lei escoteira, principalmente o seu Art. 4º que o escoteiro é amigos de todos, forçando-os a rotular como não escoteiros, e outros nomes pejorativos, todos os que não se encontram associados a esta instituição.
    Estamos vendo irmãos de fé, sendo induzidos ao erro com essa afirmação e os levando ao julgo de Deus.
    Essa situação de engano, já faz parte do povo cristão desde o inicio dos tempos, já na carta ao povo de Corinto, podemos ver uma advertência clara: Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. 1 Coríntios 5:11
    Então meus irmãos, conclamo-os para refletir perante Deus sobre sua obra no escotismo. É para Cristo ou para o homem? Estou servindo a Deus ou a uma associação? O que falo e o que faço será cobrado de mim um dia?
    Reflito ainda na definição real do escotismo dada por Baden-Powell, é um método (meio), ou uma instituição (fim).
    Fica aqui um pensamento que nos incomodava a anos e nos fez deixar o escotismo fora das igrejas por décadas.
Senhor escute nossa oração:
“Perdoe meus pecados, pois vivendo na ignorância pequei contra ti.
 Quero hoje mais do que nunca servir a Ti, somente a Ti.
Em meus atos, vida, escotismo e tudo que fizer na minha vida,
 fazer o bem a todos os seus filhos.
Não nos deixe servir ao mundo,
me faça como Jesus, quero servir e não ser servido.”

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Como ensinar sobre Deus se eu não O conheço

    Hoje no escotismo vemos uma falta grande no método escoteiro, problema em um dos pilares, os deveres para com Deus. Parte essencial e necessária para a eficácia do trabalho no escotismo. Então como ensinar sobre algo que eu não vivo ou conheço?
    Alguns dizem que não é necessário acreditar em Deus ou pertencer a uma religião para ser um bom escoteiro, basta fazer o que é culturalmente certo que já basta. É ajudar ao próximo que se cumpre o dever para com Deus. Muitos citam seus próprios exemplos de vida e dizem que é o mais correto.
    Em uma análise comum e medíocre podemos dizer que esta maneira está correta, mas o escotismo é uma ferramenta complexa e eficaz desde que devidamente aplicada.
    Para começarmos a falar sobre isso vejamos o que Baden-Powell nos traz:
    "Nenhum homem é muito bom, se ele acredita em Deus e obedece a Sua lei. Assim, cada escoteiro deve ter uma religião.... A religião é uma coisa muito simples: Primeiro: Amar e servir a Deus Segunda: o amor e serviço ao Próximo” (Scouting for Boys)
    Podemos então analisar o texto que se segue de forma clara e fácil que nosso fundador, como um bom cristão sabe a importância da religião na formação do caráter dos nossos jovens.
    Baden-Powell já naquela época se deparava com afirmações que hoje são tidas como verdadeiras para várias vertentes do escotismo, os ateus que desejam impor suas verdades, olha o que BP falava:
"... Os ateus afirmam que uma religião é aprendida de livros escritos por homens e isso não pode ser uma verdade. Mas eles parecem não ver além dos livros impressos ... Deus tem nos dado o grande livro da natureza para ler, e eles não podem dizer que há mentira lá - os fatos estão perante eles ... Eu não"
    Estudos sugerem a Natureza como uma forma de adoração ou como um substituto para religião, mas defendo o entendimento da Natureza como um passo, para se ter uma religião.”
    Lendo esta parte do Rovering to Sucess (Caminhos para o sucesso) podemos notar que Baden-Powell tem tudo da forma correta, sendo o mundo e tudo que o cerca como obra e propriedade de Deus e mais uma vez afirma a necessidade de uma religião.
    Nós escoteiros tradicionais acreditamos também na importância da religião e compreendemos nosso papel de complementar os ensinamentos dados por esta.

    Religião é o ato de religar a Deus, é a busca do perfeito, é a orientação mais correta e sublime, é a forma social e terrena de ser orientado rumo certo e perfeito. Então devemos compreender e auxiliar o trabalho de Deus.
Então se queremos cumprir o papel do escotismo temos que primeiro vivenciar o que ele proporciona e não ficar com desculpas e filosofias errôneas. Os que dizem praticar o escotismo sem estimular e complementar a religião dos seus membros, não pratica o escotismo.
    Apocalipse 3:15-16 “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; oxalá foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és quente nem frio, vomitar-te-ei da minha boca.”

    Ou somos, ou não somos escoteiros.

Sobre o Dia dos Finados

Nestes últimos dias, vemos várias práticas mudarem o cotidiano de todos no nosso país, como o Dia das bruxas e o dia dos finados.

No Brasil, o calendário oficial do governo tem como feriado o dia 2 de novembro como o dia dos finados, lembremos que o Brasil é um dos países com o maior número de feriados no mundo. Já foi dito por grandes empresários Japoneses que é preferível exportar para o Brasil que produzir no Brasil, por força das férias e feriados excessivos. Deixando esta polêmica de lado, vamos falar sobre o feriado que acabou de ocorrer, o Dia dos Finados.

Qual a origem deste dia? Depois de uma pesquisa em sítios de internet de vários países, podemos ver que a base deste dia é frágil, por isso vemos poucas referências.

No ultimo dia 30 de outubro, o Papa Bento XVI disse o seguinte:

O papa convidou os católicos a rezarem por quem já morreu, falando numa "certeza" de vida para lá da morte. "Desde os primeiros tempos da fé cristã, a Igreja terrena - reconhecendo a comunhão de todo o corpo místico de Jesus Cristo - cultivou com grande piedade a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios por eles". - Disse.

O papa considera que a oração pelos mortos é "não só útil, mas necessária", deixando votos de que "o pranto, devido ao afastamento terreno, não prevaleça sobre a certeza da ressurreição". "Também a visita aos cemitérios, ao mesmo tempo que guarda os laços de afeto com aqueles que nos amaram nesta vida, recorda-nos que todos tendemos para uma outra vida, para lá da morte", - observou. "A comemoração dos fiéis defuntos, à qual é dedicada o dia 2 de novembro, ajuda-nos a recordar os nossos entes queridos que nos deixaram e todas as almas a caminho da plenitude da vida, precisamente no horizonte da Igreja celestial, à qual a Solenidade de hoje nos elevou", prosseguiu Bento XVI, perante milhares de pessoas congregadas na Praça de São Pedro. (Fonte: http://www.cnbb.org.br)

Vemos, nas afirmações do PAPA, “conhecedor da palavra”, algumas contradições bíblicas quando ele diz que Jesus cultivou grande piedade e memória dos defuntos. Ao ler a Bíblia, podemos notar que as vezes que Jesus teve contato direto com a morte foi para vencê-la. Aqueles que Ele desejou trouxe à vida quando ele retornou do hades. A Bíblia diz que “vários santos foram vistos caminhando por entre o povo” mostrando assim que Ele venceu a morte.

Na passagem mais famosa sobre ressurreição efetuada pelo Salvador, a do amigo Lázaro, vemos que “Jesus Chorou”, e não Jesus orou. Ao demonstrar sua natureza divina, ordenou que ele saísse da tumba. Em outras passagens, vemos Jesus clamando e orando a Deus; porém nunca em prol daqueles que estavam mortos fisicamente.

Qual seria a “necessidade”, como afirma este líder, de se orar pelos mortos? Em que alteraria, no passado e no que sentimos, o julgo de Deus? Podemos ver o pedido de intervenção de julgo em várias orações em prol dos mortos. Em Mateus 8, quando Jesus foi indagado sobre o enterro do Pai de um dos discípulos, ele disse para “deixar os mortos, cuidar de seus mortos.” Se analisarmos, podemos ver a dúvida entre cumprir um rito para com quem já tinha morrido e seguir a Jesus, devemos escolher a Jesus.

Muitas pessoas se apegam à lembrança dos que já se foram para nortear suas vidas. Tê-los como referência de vida não é condenável, mas viver e mover a vida para estes não é a vontade de Jesus.

A verdade da vida eterna está no ato da cruz, não no choro pelos que já se foram, pois quem crer N’ele e guardar seus ensinamentos terá a vida eterna.

Falamos de uma forma atual e contemporânea, mas vamos ver as origens dessa prática e assim entendermos àqueles que seguem essas tradições.

Só entendendo nossos irmãos, poderemos ajudá-los.
Sobre a história:

O Dia dos Fiéis Defuntos ou Dia de Finados, (conhecido ainda como Dia dos Mortos, no México), é celebrado pela Igreja Católica no dia 2 de novembro.

Desde o século II, alguns cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires, para rezar pelos que morreram. No século V, a Igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava. Também o abade de Cluny, Santo Odilon, em 998, pedia aos monges que orassem pelos mortos. Desde o século XI os ensinos dos Papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia aos mortos. No século XIII, esse dia anual passa a ser comemorado em 2 de novembro, porque primeiro de novembro é a Festa de Todos os Santos. A doutrina católica evoca algumas passagens bíblicas para fundamentar sua posição:

Tobias 12:12: “Quando tu oravas com lágrimas e enterravas os mortos, quando deixavas a tua refeição e ias ocultar os mortos em tua casa durante o dia, para sepultá-los quando viesse a noite, eu apresentava as tuas orações ao Senhor.”

Jó 1,18-20: “Estando ainda este falando, veio outro, e disse: Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito, eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, que caiu sobre os jovens, e morreram; e só eu escapei para trazer-te a nova. Então Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou.”

Mt 12:32: “E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro.”

II Macabeus 12,43-46: “Em seguida, fez uma coleta, enviando a Jerusalém cerca de dez mil dracmas, para que se oferecesse um sacrifício pelos pecados: belo e santo modo de agir, decorrente de sua crença na ressurreição, porque, se ele não julgasse que os mortos ressuscitariam, teria sido vão e supérfluo rezar por eles. Mas, se ele acreditava que uma bela recompensa aguarda os que morrem piedosamente, era esse um bom e religioso pensamento; eis por que ele pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres de suas faltas.

Data criada em uma época onde poucos tinham acesso à Bíblia, muito menos discernimento para entender o contexto das ações que embasaram a criação deste dia. Ao lermos as passagens acima só vemos a prática “RELIGOSA” de orar para os mortos em II Macabeus. No entanto sabemos que este livro é apócrifo, pois, existem contradições deste com os livros canônicos, e, sobretudo, com as palavras de Jesus.

Entendamos quem foram os macabeus (martelos), foram os integrantes de um exército rebelde judeu que assumiu o controle de partes da terra de Israel, até então um Estado-cliente do Império Selêucida (Helenico ou Grego). Os macabeus fundaram a dinastia dos Hasmoneus, que governou de 164 a 63 a.C., reafirmaram a religião judaica, expandiram as fronteiras de Israel e reduziram no país a influência da cultura helenística.

Sabemos que várias culturas influenciam a forma de se professar a fé, levando isto a cabo, podemos ver que os gregos acreditavam em vários deuses, inclusive o deus Ades, deus dos mortos, e era uma prática comum oferecer holocaustos para esse deus ao qual os macabeus adotaram e tentaram colocar como prática judaica.

Então, mediante a tudo o que foi dito aqui, devemos pensar a quem iremos prestar tributos? Ao pó que restou sobre a terra ou ao exemplo que nos foi deixado? Levando flores ou repetindo as boas ações destas pessoas? Preocupar-se com os mortos ou cuidar dos vivos? Quantos milhares de reais gastaremos com os que se foram, enquanto alguns morrem por não ter o que comer? Cabe a cada um a sua trajetória nesta vida, a salvação ou o julgo. 

Bem vindo ao Escotismo Cristão

Desde o inicio do escotismo, muito se fala de Cristo de seu exemplo. Baden-Powell era Cristão filho de pastor e com conhecimento da palavra, por várias vezes quando indagado não usava seu exemplos, mas o exemplo de Cristo.
Hoje no Brasil estamos retomando essa incrível e abençoada ferramenta para o cumprimento da Grande Comissão.
Nos posts deste blog iremos juntar vários artigos sobre o escotismo cristão e assuntos correlatos.
aproveitem